tag:blogger.com,1999:blog-77341475379087180612024-03-22T00:55:27.190-03:00canção do imaginárioUnknownnoreply@blogger.comBlogger100125tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-31285888009426036182010-11-16T17:00:00.001-02:002010-11-16T17:02:48.924-02:00Telma Scherer detida pela polícia<object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/C20SQnXgMr8?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/C20SQnXgMr8?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 15px; line-height: 21px; "><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 15px; line-height: 21px; "><br /></span></div><div>Enquanto eu estava fazendo a minha performance, na Praça da Alfândega, fui cercada por aproximadamente dez policiais e retirada de lá contra a minha vontade.</div><br />Os policiais primeiro me levaram para fora da Praça, longe das luzes da Feira, acompanhada pelos brigadianos e duas motos, na presença de um grande público, amigos, leitores.<br /><br />Perguntei o que estava acontecendo e disseram que eu precisava me identificar.<br /><br />Depois me pegaram pelo braço e me puseram dentro de uma viatura com quatro policiais. Perguntei o que estava acontecendo e me disseram que eu estava sendo levada para fazer exames médicos. Eu chorava copiosamente pensando que, diante do público da Feira, eu era tratada como uma doente mental, bandida, criminosa, perturbadora da paz. E sem entender o que estava acontecendo, o que fiz de culpável.<br /><br />Não fizeram qualquer exame. Apenas aguardei até que o vice-presidente da Feira chegou na delegacia e conversamos. Eu falei o óbvio: que a imagem poética é plurissignificativa, eu estava realizando uma manifestação artística, apenas, e em nenhum momento compreendi qual o crime que eu estava cometendo e nem o porque de ser retirada dessa forma.<br /><br />Eu quis apenas expressar sentimentos relacionados à vivência que tive nos últimos meses, quando acumulei muitas contas e tive que deixar o apartamento onde morava. Formei com as contas uma imagem poética em três dimensões, pus meu corpo em cena e utilizei alguns objetos cênicos.<br /><br />O público parece ter se identificado, pois foi muito receptivo e acolhedor. Foi por causa dele que fiquei até o fim. Agradeço às pessoas que se manifestaram apoiando-me e inclusive revoltando-se com aquela situação.<br /><br />O público leitor. Foi para encontrá-lo que fiz minha performance. Ela não incentiva a leitura? O vice presidente da Câmara disse que o objetivo da Feira é incentivar a leitura, quando o perguntei.<br /><br />É para o público que eu escrevo e pretendo escrever o melhor possível. Ainda que, às vezes, seja difícil encontrar um lugar adequado para isso.<br /><br />Estou chocada e sem compreender o porque de toda essa truculência com uma escritora em praça pública. Ora, uma escritora conversando com o público em um evento literário de repente tem de ser retirada dessa forma, como se estivesse cometendo crimes hediondos? Cada um interpreta uma performance à sua maneira, se o chapéu caiu certeiro na consciência de quem se incomodou com a minha presença, não posso fazer mais do que dizer: essa interpretação é sua.<br /><br />O pior foi ter de interromper a minha performance. Eu estava em cena. Já fui contratada tantas vezes para fazer performances de poesia pelos próprios promotores do evento. Se buscarem os guias da Feira dos anos anteriores verão que estive na programação de 2009, 2008, 2007... Em 2010, não enviei propostas de atividades simplesmente porque, no ano passado, cansei demais. Convidaram-me para o Feira Fora da Feira, aceitei, e estou fazendo performances nas comunidades, aos sábados. Já estive na Lomba do Pinheiro, na Tristeza e amanhã, abalada moralmente, humilhada e entristecida, irei até o Morro da Cruz cumprir a atividade do Feira Fora da Feira.<br /><br />Por que fui calada?</span><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 15px; line-height: 21px; "><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 15px; line-height: 21px; ">Por <a href="http://telmascherer.blogspot.com/"><b>Telma Scherer</b></a></span></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-6252739072826601832010-10-31T11:39:00.002-02:002010-10-31T11:42:54.766-02:00Os doutores do pessimismo<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; line-height: 20px; ">Não é preciso ser um grande gênio para constatar que vivemos num mundo bárbaro.<br />Que o ser humano é capaz das maiores atrocidades. Que a vida é feita de competição, inveja, egoísmo e crueldade.<br />Ninguém precisa ter vivido num campo de prisioneiros na Sibéria nem ter sido moleque de rua no Capão Redondo para saber disso. Mas virou moda entre muitos intelectuais e jornalistas anunciar uma espécie de “visão trágica” do mundo, como se se tratasse da mais surpreendente novidade.<br />Com certeza, há nisso uma reação saudável contra o excesso de otimismo. Durante o século 20, grande parte da esquerda não quis ver as barbaridades cometidas por Stálin e Mao porque, em última instância, “tudo iria dar certo”. Belas esperanças tornaram-se pretexto para atos de horror. Nada mais correto do que denunciar o horror.<br />O que me parece estranho é que, mais do que denunciar o horror, esses pensadores trágicos e jornalistas sombrios gostam de destruir as esperanças.<br />O reconhecimento do Mal, a crítica à violência da esquerda, a percepção de que ninguém é “bonzinho” e de que a realidade é uma coisa dura e feia vão se transformando em algo próximo do fascínio.<br />E, com diferentes níveis de elaboração e de cortesia pessoal, esses autores tendem a fazer do fascínio uma estratégia de choque.<br />Quanto mais chocarem o pensamento corrente (que considera ruim bombardear crianças e bom defender a Amazônia, por exemplo) mais ganharão em originalidade, leitura e cartas de protesto. Parece existir uma competição nas páginas dos jornais e na internet para ver quem conseguirá ser o mais “durão”, o mais “realista”, o mais desencantado.<br />Há diferenças notáveis de atitude e de opinião entre pessoas como Luiz Felipe Pondé, João Pereira Coutinho, Demétrio Magnolli ou Reinaldo Azevedo. Mas é um time e tanto, e minha experiência pessoal com a violência do ser humano, adquirida nos pátios de recreio do ginásio, é suficiente para não querer polemizar com alguns deles.<br />Não vou, portanto, individualizar as minhas críticas. Mas, de modo geral, os “durões” do mundo opinativo parecem correr um mesmo risco. A crítica às utopias do século 20 faz sentido, com certeza, mas termina funcionando para justificar muitos erros e abusos do presente -desde que sejam suficientemente “não-utópicos”. Será chamado de ingênuo ou nostálgico todo aquele que quiser algo melhor do que o mundo em que se vive.<br />Nem todos os “durões” de que falo abdicam desse “melhorismo”. Mas ai de quem tiver ideias um pouquinho mais à esquerda do que as deles -o que não é difícil.<br />Às vezes, a crítica ao stalinismo se compraz em tornar stalinista quem se afaste um milímetro das opiniões de quem a professa. Outras vezes, a crítica às velhas utopias tende a se transformar numa glorificação da realidade.<br />Curiosamente, então, aquilo que deveria ser ponto de partida se torna ponto de chegada. O mundo é horrível e a realidade é cruel. É um ingênuo quem quiser mudar essa situação. O horror e a crueldade fazem parte da paisagem. Melhor assim, quem sabe: nós, pelo menos, tiramos disso a satisfação de não sermos ingênuos.<br />Você está esperançoso com a vitória de Obama? Ouço um risinho: que otário. Mas fico feliz de nunca ter sido otário a respeito de Bush. Você se choca com as crianças mortas em Gaza? Ouço um risinho: os militares israelenses entendem mais do problema que você.<br />Você quer que se preservem as reservas indígenas da Amazônia? Mais um risinho: os militares brasileiros entendem mais do problema que você, que pensa ser bonzinho mas é tão malvado como todos nós.<br />Pois o ser humano é mau, desgraçado e infeliz, desde que foi expulso do Paraíso. Você não sabe disso?<br />O que sei é algumas pessoas foram expulsas do Paraíso para morar numa mansão em Beverly Hills, e outras para morar em Darfur. Todo o poder aos poderosos, toda realidade aos realistas, e todas as bombas para quem ficar no meio do caminho. Eis o resumo da atitude dos “durões”. Mas quem precisa de articulistas num mundo desses? Os militares dão conta do recado.</span><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; line-height: 20px; "><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; line-height: 20px; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Texto de <b>Marcelo Coelho</b>, publicado na Folha de São Paulo </span></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-50339786670740997712010-10-25T23:26:00.001-02:002010-10-25T23:26:44.410-02:00Tropa de Elite 2<h3 class="UIIntentionalStory_Message" ft="{"type":"msg"}" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; font-weight: normal; "><span class="UIStory_Message"><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" style="font-size: 16px;"> </span></span><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;">Tropa de Elite 2 amadurece em relação ao primeiro. Acho que Padilha conseguiu dar continuidade à história equilibrando ação e ficção sem se perder. A questão dos usuários é deixada de lado para se mostrar algo ainda mais chocante: como o tráfico e a corrupção estão enraizados no sistema, não apenas nos políticos em si, mas no fazer político do Brasil.</span></span></span></h3><div><span class="UIStory_Message"><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"> </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; color: rgb(51, 51, 51); ">A saída pela violência, que não é uma alternativa democrática, serve, no filme, para extravasar o engasgo com todo o descaso com que o povo é tratado em nome do poder. A cena do encontro do Nascimento com um político figurão do filme me lembrou o trabalho polêmico de Gil Vicente na Bienal de São Paulo, no qual o artista se retrata executanto políticos e líderes mundiais. Não uma inspiração, como o próprio Gil falou, mas um desabafo.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-13262569017364115402010-09-29T00:04:00.003-03:002010-09-29T00:22:13.490-03:00Em época de mentiras......algumas verdades alimentam o espírito. <div><br /></div><div>Tu que és da direção das massas investido, </div><div>tu que vingas o crime e que o povo defendes, </div><div>e executas a lei penal, e do bandido</div><div>no topo de uma forca, o cadáver suspendes;</div><div><br /></div><div>Tu que tens o canhão, a tropa, a artilharia, </div><div>tu mesmo és quem fuzila a inerme poupulaça; </div><div>incurso está também no código e devia</div><div>pra ti também se erguer uma fôrca na praça!</div><div><br /></div><div><br /></div><div>Ao poder público, <b>Raimundo Correia</b> (1 de janeiro de 1880)</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-16417625256896436992010-09-23T17:17:00.000-03:002010-09-23T17:55:41.166-03:00Som!Dave Matthews Band no Central Park (NY):<br /><br /><object width="640" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/IXPOHCsgWFw?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/IXPOHCsgWFw?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="385"></embed></object>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-59487466416555144142010-09-18T21:26:00.002-03:002010-09-18T21:28:49.570-03:00Alegria ciganaImpregnado pela música universal de Goran, posto um vídeo que é parte do filme Latcho Drom, sobre os ciganos. A interação e o senso de comunhão que o show do Goran proporcionou me lembrou muito essa imagem da comunidade cigana, sua união e alegria.<br /><br /><object width="640" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/0SbnIO4fcCI?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/0SbnIO4fcCI?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="385"></embed></object>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-86031861633268988472010-09-10T19:45:00.002-03:002010-09-10T21:03:01.001-03:00Show de Goran vira festa<b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;">Goran Bregovic <span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;">se apresentou ontem no </span>Teatro do Bourbon Country<span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;">. Sua "banda", composta de cordas, metais, duas cantoras búlgaras, coro masculino e um percussionista, faz música de um estilo de comunicação universal. </span></span></span></b><div><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"> Desde o início o show foi emocionante, causando aplausos efusivos e gritos da platéia, até o momento em que, durante uma música muito boa para dançar, um pequeno grupo da platéia baixa levantou de suas poltronas. Isso fez com que mais gente se levantasse, o que fez com que pessoas saíssem correndo pelos corredores para dançar perto do palco, transformando o encontro em uma festa. Dançamos. Dançamos como se não fossemos vistos, como se não estivéssemos num teatro e sim numa festa popular. Dançamos como num encontro sagrado. </span></span></span></b></div><div><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"> Uma catarse que eu nunca tinha presenciado num teatro, muito pelo contrário, um espaço que intimida pela racionalidade da disposição e a limitação das cadeiras. Ontem, para ficar na memória dos que estavam lá, todas as barreiras físicas e sociais cederam à vontade de ser humano e comungar alegria. </span></span></span></b></div><div><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"> Dançamos todos juntos, desconhecidos, de diferentes idades, diferentes idéias, livres por um instante eterno. A festa que se instalou só não agradou a alguns e aos seguranças. Não adiantou pedir que sentássemos: a alegria havia contagiado a todos de maneira irremediável e obscena. Dançamos com liberdade. </span></span></span></b></div><div><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span></b></div><div><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"> </span>Goran <span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;">comungou contente, brindou a nossa saúde e comentou, no meio da alegria de uma música inesquecível: "se você não pode enlouquecer, você não é normal". Rimos e regozijamos: todos éramos loucos. </span></span></span></b></div>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-51606387075125543562010-08-28T19:02:00.003-03:002010-08-28T19:10:52.804-03:00Trovão<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVZnp09IGBCnjk0Mknz8IzQ9VMqQ4cBxXx0njO7AgQcXGlMT71I3Ci0csuCWiFeFA5Hm7GuUFUnpjg2FvZRy-r-vt-wx7u8-fvlW_TSkaUJPKjXcg18ZDZha0xzMqsAWRbONYaDYjTNVSE/s1600/eterno+invisivel.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 243px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVZnp09IGBCnjk0Mknz8IzQ9VMqQ4cBxXx0njO7AgQcXGlMT71I3Ci0csuCWiFeFA5Hm7GuUFUnpjg2FvZRy-r-vt-wx7u8-fvlW_TSkaUJPKjXcg18ZDZha0xzMqsAWRbONYaDYjTNVSE/s400/eterno+invisivel.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5510586634402363778" /></a><br /><div>Não há filtros agora. </div><div>O som é uma existência </div><div>o som existe como eu </div><div>existe para dentro de mim</div><div>pelo ouvido até o centro</div><div>do centro para as extremidades. </div><div>Como o lago reagindo ao golpe </div><div>para voltar à serenidade. </div><div>Nesse momento meu papel no mundo </div><div>se desfaz</div><div>a sombra se pôs. </div><div>Ao mesmo tempo sou mais parte do mundo </div><div>como a raiz, </div><div>que não se vê. </div><div><br /></div><div>GUSTAVO.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-79629390243186231912010-08-26T12:35:00.004-03:002010-08-26T12:37:52.528-03:00Não esqueçamos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBy-UKdkk0rvEULp0cDXbyfxxL0PLLwEjDY5jwdmLWQiQNGJW3ErTdjn8IqM3_lJtPFHU-OKiR0-zOVNGwaytnbdwcvzra64vYZ9hyphenhyphenCQlQSPvdIEq_EIgBru4NpYXjLEthCdto38dFgZ6s/s1600/ditadura-corrupcao-militar.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 276px; height: 357px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBy-UKdkk0rvEULp0cDXbyfxxL0PLLwEjDY5jwdmLWQiQNGJW3ErTdjn8IqM3_lJtPFHU-OKiR0-zOVNGwaytnbdwcvzra64vYZ9hyphenhyphenCQlQSPvdIEq_EIgBru4NpYXjLEthCdto38dFgZ6s/s400/ditadura-corrupcao-militar.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5509743216716486354" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqzi2ZI2eMVC1Fybl1nUhsWthm1-Jws36RZeupNlQMn4QYQYjiIdgiITzPjd_8SY5lH4H1bqKmWALB4wXNNrbH4w7pArnw9ayrIbJgTwST7f-Eblr7T3UYIQNkmPM6fRfrkH8r6An_GFcD/s1600/untitled.bmp"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 250px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqzi2ZI2eMVC1Fybl1nUhsWthm1-Jws36RZeupNlQMn4QYQYjiIdgiITzPjd_8SY5lH4H1bqKmWALB4wXNNrbH4w7pArnw9ayrIbJgTwST7f-Eblr7T3UYIQNkmPM6fRfrkH8r6An_GFcD/s400/untitled.bmp" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5509743171292865506" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyyS6AuybziDijNSARro4jDqCi-eEj-m4N5dRRXEq4CfPI7a5ZjDi2AmREoYI4TVFOxG8ssEjmZCY7RSqV33oB7cTnrEi4jX6HRytti6xduH9A9ZnOPb1eEuqswxmDzvwc1flFsjxMSMdb/s1600/torturados1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 266px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyyS6AuybziDijNSARro4jDqCi-eEj-m4N5dRRXEq4CfPI7a5ZjDi2AmREoYI4TVFOxG8ssEjmZCY7RSqV33oB7cTnrEi4jX6HRytti6xduH9A9ZnOPb1eEuqswxmDzvwc1flFsjxMSMdb/s400/torturados1.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5509743081017656018" /></a><br /><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color:#0000EE;"><u><br /></u></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-33972380073729341852010-08-19T19:39:00.004-03:002010-08-19T20:22:44.663-03:00Na boiada já fui boi<div><br /></div><div> Em 1966 Jair Rodrigues, cantando <b>Disparada </b>(de Geraldo Vandré e Théo de Barros), empatou em primeiro lugar no II Festival da Música Popular da TV Record com <b>A Banda</b>, de Chico Buarque. </div><div><br /></div><div> Uma das partes mais emocionantes do vídeo é o olhar do policial (ou militar) para o músico, que declama bravamente os versos:</div><div><br /></div><div> "Porque gado a gente marca </div><div> Tange, ferra, engorda e mata </div><div> mas com gente é diferente..." </div><div><br /></div><div> Lembrando que eu 1966, o Brasil vivia um momento em que a ditadura já estava instalada, e começando a endurecer. A sociedade já sentia a repressão, mas nem sabia o que viria pela frente. </div><div><br /></div><div> </div> <div><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/AkghEx3g6wI?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/AkghEx3g6wI?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object></div><div><br /></div><div><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-54543296669118549232010-08-13T18:41:00.002-03:002010-08-13T18:47:08.076-03:00FP<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7rVMELz5Em3EF3LXyDtcHe7b6HlsnCk6sjUYylNfzNpTGP9aVAHzsHxvN0JS9eveOG0j2OJBqQYExZg7bhtiE2FbyWFKjgxrIEomWqw-6iRYmVAgrsBx2vQyvxBSH8FdCpEylaUWuAtpT/s1600/75772920.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 248px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7rVMELz5Em3EF3LXyDtcHe7b6HlsnCk6sjUYylNfzNpTGP9aVAHzsHxvN0JS9eveOG0j2OJBqQYExZg7bhtiE2FbyWFKjgxrIEomWqw-6iRYmVAgrsBx2vQyvxBSH8FdCpEylaUWuAtpT/s400/75772920.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5505014197281644738" /></a><br /><div><br /></div><div><br /></div>Pequeno é o espaço que de nós separa<div>O que havemos de ser quando morrermos. </div><div>Não conhecemos quem será então</div><div>Aquele que hoje somos. </div><div><br /></div><div>Só o passado, a ele e a nós comum, </div><div>Será indício de que a nossa alma<br />Persiste e como antiga ama, conta</div><div>Histórias esquecidas</div><div><br /></div><div>Se pudéssemos pôr o pensamento </div><div>Com exata visão adentro à vida</div><div>Que havemos de ter naquela hora, </div><div>Estranhos olharíamos </div><div><br /></div><div>O que somos, cuidando ver um outro</div><div>E o espaço temporal que hoje habitamos</div><div>Luz onde nossa alma nasceu </div><div>Perdida antes de a termos. </div><div><br /></div><div><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Fernando Pessoa</span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"> 31/1/1922 </span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-56293518906463269362010-08-10T11:30:00.005-03:002010-08-10T11:53:26.977-03:00Censura 2010<div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color:#0000EE;"><u><br /></u></span></div> Sabe-se que o humor é um meio de distanciamento crítico e de tornar explícitos temas que estão sendo tratados como pano de fundo (ou que estão sendo abafados pela seriedade mórbida e anestésica). Mais do que isso, o humor desperta o interesse e fomenta o debate. <div><br /></div><div> Mas não é o que vai acontecer nas eleições desse ano, pois o humor está banido. Os meios de comunicação estão proibidos de fazer humor com os candidatos. É uma censura, um retrocesso histórico, e uma maneira equivocada (no mínimo) de tentar aumentar o nível do debate político. </div><div><br /></div><div> Lembremos que <a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u667978.shtml"> não é a primeira vez que o governo tenta limitar o direito de imprensa no Brasil.... </a> </div><div><br /></div><div><br /></div><br /><object width="640" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/ArUA_rRiD8I&hl=pt_BR&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/ArUA_rRiD8I&hl=pt_BR&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="385"></embed></object><br /><div><br /></div><div> </div><div> </div><div> Se pensam que a população não é capaz de decidir por si mesma em quem votar, ou que é com humor que se compram votos nesse país, estão equivocados. </div><div><br /></div><div><br /></div><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_konRsRcQB01cE13tKwKwqkm0ADf7CoyP4YnrN4p2B7zA6r5S5meRz8IXHbJ8_pfIPjISYcFulExTE1Ab3KaYVBEywzwBK_Ag1ZSr4LqmUwPX2jmGJNnwyCWrMYKBXAEEjcRwmbsjs8EV/s1600/censura-pior-parte.jpg"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_konRsRcQB01cE13tKwKwqkm0ADf7CoyP4YnrN4p2B7zA6r5S5meRz8IXHbJ8_pfIPjISYcFulExTE1Ab3KaYVBEywzwBK_Ag1ZSr4LqmUwPX2jmGJNnwyCWrMYKBXAEEjcRwmbsjs8EV/s400/censura-pior-parte.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5503793049489110018" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 267px; " /></a></div><div><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-33016959566925583422010-07-27T21:36:00.003-03:002010-07-27T21:45:49.249-03:00Piva"Sou uma metralhadora em estado de graça", disse ele, o poeta, bruxo, louco, Roberto Piva. Se foi faz pouco, estremecendo a passagem de nosso mundo para o outro.<br /><br /><br />Praça da República dos meus sonhos<br /><br />A estátua de Álvares de Azevedo é devorada com paciência pela paisagem<br />de morfina<br />a praça leva pontes aplicadas no centro de seu corpo e crianças brincando<br />na tarde de esterco<br />Praça da República dos meus sonhos<br />onde tudo se faz febre e pombas crucificadas<br />onde beatificados vêm agitar as massas<br />onde Garcia Lorca espera seu dentista<br />onde conquistamos a imensa desolação dos dias mais doces<br />os meninos tiveram seus testículos espetados pela multidão<br />lábios coagulam sem estardalhaço<br />os mictórios tomam um lugar na luz<br />e os coqueiros se fixam onde o vento desarruma os cabelos<br />Delirium Tremens diante do Paraíso bundas glabras sexos de papel<br />anjos deitados nos canteiros cobertos de cal água fumegante nas<br />privadas cérebros sulcados de acenos<br />os veterinários passam lentos lendo Dom Casmurro<br />há jovens pederastas embebidos em lilás<br />e putas com a noite passeando em torno de suas unhas<br />há uma gota de chuva na cabeleira abandonada<br />enquanto o sangue faz naufragar as corolas<br />Oh minhas visões lembranças de Rimbaud praça da República dos meus<br />Sonhos última sabedoria debruçada numa porta santa<br /><br /><strong>Roberto Piva </strong>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-51769593966113005652010-07-21T13:46:00.003-03:002010-07-21T13:52:47.419-03:00Consumo x AmbienteVários estudos têm alertado que tanto a população da Terra quanto seus níveis de consumo crescem mais rapidamente do que a capacidade de regeneração dos sistemas naturais. Um dos mais recentes, o relatório Planeta Vivo, elaborado pela ONG internacional WWF, estima que atualmente três quartos da população mundial vivem em países que consomem mais recursos do que conseguem repor.<br /><br />Só Estados Unidos e China consomem, cada um, 21% dos recursos naturais do planeta. Até 1960, a maior parte dos países vivia dentro de seus limites ecológicos. Em poucas décadas do atual modelo de produção e consumo, a humanidade exauriu 60% da água disponível e dizimou um terço das espécies vivas do planeta.<br /><br />"O argumento de que o crescimento econômico é a solução já não basta. Não há recursos naturais para suportar o crescimento constante. A Terra é finita e a economia clássica sempre ignorou essa verdade elementar", afirma o ecoeconomista Hugo Penteado, autor do livro Ecoeconomia - Uma Nova Abordagem.<br /><br />Para a Ecoeconomia, é preciso parar de crescer em níveis exponenciais e reproduzir - ou "biomimetizar" - os ciclos da natureza: para ser sustentável, a economia deve caminhar para ser cada vez mais parecida com os processos naturais.<br /><br />Segundo o professor da Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade, Paulo Durval Branco, embora as empresas venham repetindo a palavra sustentabilidade como um mantra, são pouquíssimas as que fizeram mudanças efetivas em seus modelos de negócio. O desperdício de matérias-primas, o estímulo ao consumismo e a obsolescência programada (bens fabricados com data certa para serem substituídos ) ainda ditam as regras. "Mesmo nas companhias que são consideradas vanguarda em sustentabilidade, essas questões não estão sendo observadas. O paradigma vigente é crescer, conquistar mais consumidores, elevar o lucro do acionista."<br /><br />Adaptado de <strong>Andrea Vialli</strong> (<a href="http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,consumo-x-ambiente,370935,0.htm">texto integral</a>), publicado no Estado de São Paulo.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-53681465249089377772010-06-25T21:09:00.003-03:002010-06-25T21:28:28.205-03:00Arte pelos poros<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> Entrar em contato com talento não dá! </span><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> A gente fica com vontade de cultivar nossos talentos também. Estou aqui sentado dialogando com meu prato de macarrão, digerindo o lançamento do livro <b>Zero Um</b> e a estréia do meu trabalho com Mel ontem no <b>Pé Palito</b>. </span><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> Ambos referência de arte para mim, fazem parte desse momento de me apoderar do que podem ser potenciais de expressão e descobrir pra mim mesmo quem eu sou. </span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> Parte do projeto Cabaré do Verbo, nossa estréia como parte do núcleo de montagem da<b> </b><a href="http://www.ciacircularpoa.blogspot.com/"><b>Cia Circular</b></a> (que também apresentou um número de clown) foi muito bacana! </span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> Para a apresentação, aproveitei </span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large; ">na percussão</span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> coisas que aprendi com a bateria há algum tempo, e incorporei outros elementos para criar a percussão/sonoplastia da performance. Ao mesmo tempo, Mel declamou/interpretou com loucura o louvor de Rimbaud (ou seria o oposto?), brindando à vida, em um</span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large; "> momento </span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large; ">especial. </span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: large; "> Fico com a felicidade nostálgica do momento tão vivo, e a gratidão de dividir o palco com tamanha generosidade artística. </span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: large; "><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: large; "> Escrevo sobre o lançamento do livro no próximo post, junto de um tira-gosto do trabalho. </span></div></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-13852222667843285642010-06-22T23:30:00.002-03:002010-06-22T23:42:17.136-03:00Lançamento do livro Zero Um<div> <span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Sexta-feira na Palavraria, Livraria e Café, será lançado o livro do meu amigo, grande poeta e escritor, <b>Guto Leite</b>. Quem puder ir vai conferir um bate-papo muito legal, com certeza. </span></div><div><br /></div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh82zdCPLj4cgHNsIg0LSCGtzIeOKjDofuQcvQZlNhPklHjuri8LkjM2GG4nh-CoC6NYbvfFakBeix6SVUiYLMNZxQkO7_3MAt4CJEDTJ51VKZuu9CmSgrs28yqCRG4wyN2pn7riQy4VbFl/s1600/Lan%C3%A7amento+Porto+Alegre.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 267px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh82zdCPLj4cgHNsIg0LSCGtzIeOKjDofuQcvQZlNhPklHjuri8LkjM2GG4nh-CoC6NYbvfFakBeix6SVUiYLMNZxQkO7_3MAt4CJEDTJ51VKZuu9CmSgrs28yqCRG4wyN2pn7riQy4VbFl/s400/Lan%C3%A7amento+Porto+Alegre.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5485791085207087698" /></a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-828102688855370052010-06-08T18:51:00.003-03:002010-06-08T19:12:48.047-03:00<span style="font-size:130%;"> Bispo é como um pastor. Aquele mesmo, das ovelhas. Seu dever é conduzir o rebanho de fiéis a ele confiados. </span><br /><span style="font-size:130%;"> Em 1554 o bispo Pero Sardinha foi comido pelos índios ao naufragar no litoral brasileiro. A consagrada metáfora católica de "comer o corpo do repersentante de Deus na terra" foi concretizada com êxito. Comer uma pessoa significava, para os índios, admiração, e a devoração uma tentativa de incorporar as qualidades do outro para si. </span><br /><span style="font-size:130%;"> Veja bem, por outro lado, ser comido às vezes não é tão virtuoso assim. Um rebanho que não deseja ser, estar ou permanecer colônia, pode acabar por comer seu bispo, quer dizer, pastor. Oswald de Andrade tem mais a nos dizer sobre isso no <strong>Manifesto Antropofágico</strong>:</span><br /><br />"O dia em que os aimorés comeram o bispo Sardinha deve constituir, para nós, a grande data. Data americana, está claro. Nós somos americanos; filhos do continente América; carne e inteligência a serviço da alma da gleba. O fim que reservamos a Pero Vaz de Sardinha tem uma dupla interpretação: era, a um tempo, a admiração nossa por ele (representante de um povo que se esforçara por derrubar aquele presente utópico, que foi dado ao homem ao nascer, e que se chama Felicidade) e a nossa vingança. Porque, que eles viessem aqui nos visitar, está bem, vá lá; mas que eles, hóspedes, nos quisessem impingir seus deuses, seus hábitos, sua língua... isso não! Devoramo-lo. Não tínhamos, de resto, nada mais a fazer."Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-35936908947681429672010-06-06T17:37:00.003-03:002010-06-06T17:41:49.220-03:00Deus e o mundoDeus só fez o mundo porque sua mulher deixou. Numa tarde de domingo, como hoje, já sem sol e um tanto fria, Deus falou com sua mulher, uma Deusa.<br />- Querida, acho que vou fazer o mundo hoje. Prometo que não demoro.<br />- Quanto tempo você acha que vai levar?<br />- Uns 8 dias...<br />- Ai, não dá pra ser menos? Eu vou ficar sozinha 8 dias?!<br />- Tá bom, posso fazer em 7.<br />E deu no que deu.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-4158610344545683482010-06-01T21:34:00.005-03:002010-06-01T21:47:41.782-03:00<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinhuYjF0zmyjMlCWtzJDD8bYeOlyvvTMGJGgcIY5YmZ9SAj9vRcITU1zuaP0Ts80a9k9bnw-_HuUca9DxmxPCMv1YxZABMwKO3ZShHVfwVXDm3Iz6IlapU0UiBUkhGQsrOYVy4TW9nJ7V8/s1600/work3.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5477969343895767762" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 284px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinhuYjF0zmyjMlCWtzJDD8bYeOlyvvTMGJGgcIY5YmZ9SAj9vRcITU1zuaP0Ts80a9k9bnw-_HuUca9DxmxPCMv1YxZABMwKO3ZShHVfwVXDm3Iz6IlapU0UiBUkhGQsrOYVy4TW9nJ7V8/s400/work3.jpg" border="0" /></a><span style="font-size:130%;"> dúvida</span></div><div align="center"><span style="font-size:130%;">rainha do mar</span></div><div align="center"><span style="font-size:130%;">governa sonhos e solidões</span></div><div align="center"><span style="font-size:130%;">prende-me a desejos e trovões </span></div><div align="center"><span style="font-size:130%;">.</span></div><div align="center"><span style="font-size:130%;"></span></div><div align="center"><span style="font-size:130%;"></span></div><div align="center"><span style="font-size:130%;">flerto contigo</span></div><div align="center"><span style="font-size:130%;">insensatez </span></div><div align="center"><span style="font-size:130%;">cada impulso maldito</span></div><div align="center"><span style="font-size:130%;">de lamber tua tez </span></div><div align="center"><span style="font-size:130%;">.<br /></span></div><div align="center"></div><div align="center">GUSTAVO</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-66325147519254233312010-05-31T12:56:00.003-03:002010-05-31T13:01:16.971-03:00Sivuca<span style="font-size:130%;">Trago uma música de um dos maiores sanfoneiros do Brasil e do mundo, Sivuca. O clássico Feira de Mangaio, tocada com o grupo Clã-Brasil. </span><br /><span style="font-size:130%;">É pra bater os pés no chão!</span><br /><span style="font-size:130%;"></span><br /><object height="385" width="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/EyijqpgTKSA&hl=pt_BR&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/EyijqpgTKSA&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><span style="font-size:130%;"></span>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-46219547720692658942010-05-07T21:27:00.002-03:002010-05-07T21:43:36.247-03:00Déa Trancoso<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> Ontem o projeto Unimúsica da UFRGS trouxe para Porto Alegre <b>Déa Trancoso</b>, cantora do Vale do Jequitinhonha (MG). O show foi o primeiro da cantora na capital, foi seu primeiro show com a formação de ontem (ela com sete percussionistas mulheres) e a primeira vez que ela presenteou o público com uma canção de composição própria. </span><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> Apesar da força inerente às músicas dos "seus mestres" (como ela diz), músicas do Brasil, cor de terra, cheiro de mato, som de tambor - apesar de tudo isso - uma delicadeza pairava no ar, comandada pela voz de Déa. Quase me senti nos festivais imortais das décadas que não vivi, aplaudindo e pedindo mais sem medo de ganhar mais.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> Tão bom ver alguém tão bom fazendo música sem se contrair em grandes expectativas sobre si e sobre sua performance. A apresentação foi algo natural, como uma chuva de verão, que agracia os transeuntes. O povo pediu tanto bis que ela se deu conta, "acho que tenho que gravar um disco com essas mulheres". </span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> Passam as notas, passam as palavras, os tons, os timbres, e levam consigo mal-humores, dores de espírito e até do corpo, lavam e descarregam aqueles que estão dispostos.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> Para quem quiser conhecer, <span class="Apple-style-span" style="font-size: 16px; "><a href="http://www.myspace.com/deatrancoso"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">http://www.myspace.com/deatrancoso</span></a>, </span>apesar de seu único disco ser de 1994 (se não me engano) e sua musicalidade estar mais aflorada hoje. </span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-50896667833423672852010-05-04T23:16:00.003-03:002010-05-04T23:35:23.824-03:00DOWN society<span style="font-size:130%;">Elis falou. Cantou suas músicas dando o recado. Era como se recitasse, olhando no olho da alma, e dando o recado. Maravilhosa cantora, sua goela é terapêutica. Gosto muito dela cantando Alô alô marciano, tirando sarro de si mesma, da fina hipocrisia da burguesia, de toda imbecilidade da alienação.<br />Vivemos num mundo preconceituoso, com infinitos muros de apartheid e castas (oficiais ou mascaradas), onde se vende a vida por dinheiro, estatus ou poder. Particularmente no Brasil, a violência urbana é cada vez mais banal, e como disse uma mãe recentemente, "meu filho não foi mais um (assassinado). Foi meu filho". Morte por carro, por dinheiro, por droga, futebol... uma lista sem fim.<br />Diante do absurdo da desvalorização humana, às vezes o humor escrachado, sarcástico, funciona como um antiácido para o desconforto existencial.<br /></span><br /><span style="font-size:130%;"></span><object height="385" width="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/MMHsqrI86K4&hl=pt_BR&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/MMHsqrI86K4&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><span style="font-size:130%;"></span><span style="font-size:100%;">"ai, que transcendental que é o jazz , não?"</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-44966393362018272682010-04-29T23:22:00.005-03:002010-04-29T23:37:07.924-03:00Beije meu anel<span style="font-size:130%;"> O poder segue corroendo o que toca, como Midas e seu ouro maldito. No mesmo dia em que Lula ganhou destaque na Times como líder mundial, o STF rejeitou a alteração da lei da anistia, permitindo que torturadores da ditadura continuem no anonimato. </span><br /><span style="font-size:130%;"> Vivemos no país do esquecimento, do deixa pra lá. Muitos estrangeiros acham o Brasil uma selva exótica, cheia de sexo e animais selvagens à solta. Realmente, animais à solta não faltam. Insistindo em proteger com direitos humanos os atos andróides, inumanos (como a tortura, violência urbana bárbara e assim por diante), mostramos que realmente vivemos numa selva. Uma selva comandada pelo rei invisível do poder. Beije o anel, pois as coisas serão como o rei quer. </span><br /><span style="font-size:130%;"> Só que o rei não pode mais ser decaptado (e substituído). Precisamos sim, de educação e consciência na floresta, pra valorizar nossa condição humana, aprender o valor do voto e de uma postura cidadã. </span><br /><span style="font-size:130%;"> </span>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-12087075709014675492010-04-28T22:30:00.007-03:002010-04-28T22:45:07.419-03:00Encontro<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig334Dm0SsA53nXgCF1Hl3hQhTPwpc98kEvfhiEAMq3jMlFp2azSdgfyIQ_E2TwvUNeC1k4L7I_QDiLJU6ONtl143ENPD4DRPZgBt-wzsA1zB-SxNNrjQtkHghcBYvdPGj4UnvKgLNfMgQ/s1600/The+Beach+at+Trouville+-+1870.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5465367618197690082" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 324px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig334Dm0SsA53nXgCF1Hl3hQhTPwpc98kEvfhiEAMq3jMlFp2azSdgfyIQ_E2TwvUNeC1k4L7I_QDiLJU6ONtl143ENPD4DRPZgBt-wzsA1zB-SxNNrjQtkHghcBYvdPGj4UnvKgLNfMgQ/s400/The+Beach+at+Trouville+-+1870.jpg" border="0" /></a>Claude Monet, The Beach at Trouville</div><div align="center"><br /></div><p align="center"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5465368144479100866" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 323px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOXhtX1fAJ3QLS4jK3VVvSH5shctpt8yApBn8CnEWsRNPPbNxf0PcqjtbsLqa6Lu2eTUGmHYgp7zlNt3p9NRb0O2Xi1q-Z9gWwCW_ropvhTaZMR8flYBbME8Kn4P4fzLid0c8atnJbJ_g7/s400/theatre.jpg" border="0" />Edward Hopper, Theater</p><p></p><p><br />Os melhores encontros são aqueles que não esperamos.<br />Os melhores encontros são aqueles em que não estamos esperando tanto da vida.<br />São aqueles em que o inesperado é maravilhoso.<br />Os melhores encontros são aqueles em que nos encontramos com nós mesmos. </p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7734147537908718061.post-40223261259168918222010-04-27T15:40:00.009-03:002010-04-27T16:03:09.204-03:00Frida<img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5464893607257414162" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 225px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgh8gBbUeIDf3qwpGzCUJecjpwB7E4y1okifgFIn1nDUnIiS0S7u8djChnmGSTJV5RejItf8SBccTAAlnay6VEAqkZoupCEKtsZ1YZYLiYEtsoNVEP3RXiJPIv3hmUiS4fmI859dTA6R_JX/s400/frida-5.jpg" border="0" /><br /><br /><br /><div><div><span style="font-size:130%;"></span></div><div><span style="font-size:130%;"></span></div><div><span style="font-size:130%;"></span></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5464893810232887266" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 231px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKDJsxFzYrE_jlfqzbYguiJJtgH-CLUjufi0XyUTs1R-pW_W1lQhe2HTEeF1IUrsBfP69RRWR216T4et3_H-GOpViRdnSFHm4f05hZEtR0M4OB5LnA_dp09mvoDdFg2MQldKTD0d9n8NdG/s400/frida-paints-in-bed.png" border="0" /> </div><div> </div><div><span style="font-size:130%;"> O Filme <strong>Frida</strong> (2002 direção de Julie Taymor), é uma obra de arte. Uma obra representando outra obra. Os quadros de Frida Kahlo estão presentes no filme, interligados com a história da pintora, e são tornados vivos, como parte da vida e dos momentos da vida dela.<br /> Frida pintou seus horrores, suas dores, sua existência intensa. Retratou a solidão e a dor humana com a mesma força que viveu sua vida, marcada pelo acidente trágico em sua juventude, pelas suas atitudes corajosas frente a desafios, por sua sexualidade vibrante (ela transou homens, mulheres e até Trostsky!) e, claro, por seu amor por Panzón, ou melhor, o pintor Diego Rivera.<br /> <strong>Frida</strong> é um filme para quem gosta de Frida, e para quem gosta de arte. Lindo em estética e aparentemente fiel em conteúdo, é - como Frida - <em>envolvente</em>.<br /></span><br /><div><span style="font-size:130%;"></span></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5464894182964572514" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 290px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKggKPcoR5Hl3XNcqZ2EDL2KDwNutZzR9BrE-7ZF64h7BX789YYEoUjxcW1eDv5U2QwaasNNNvlmN45q6YLgVomuFc9iuggXz0Pw_rX0E_ac5JniRIFVWgFHcw0lBbNxeM3ysyMCdbddLk/s400/lo-que-vi-en-el-agua-1938.jpg" border="0" /> </div>Unknownnoreply@blogger.com0