Apesar da força inerente às músicas dos "seus mestres" (como ela diz), músicas do Brasil, cor de terra, cheiro de mato, som de tambor - apesar de tudo isso - uma delicadeza pairava no ar, comandada pela voz de Déa. Quase me senti nos festivais imortais das décadas que não vivi, aplaudindo e pedindo mais sem medo de ganhar mais.
Tão bom ver alguém tão bom fazendo música sem se contrair em grandes expectativas sobre si e sobre sua performance. A apresentação foi algo natural, como uma chuva de verão, que agracia os transeuntes. O povo pediu tanto bis que ela se deu conta, "acho que tenho que gravar um disco com essas mulheres".
Passam as notas, passam as palavras, os tons, os timbres, e levam consigo mal-humores, dores de espírito e até do corpo, lavam e descarregam aqueles que estão dispostos.
Para quem quiser conhecer, http://www.myspace.com/deatrancoso, apesar de seu único disco ser de 1994 (se não me engano) e sua musicalidade estar mais aflorada hoje.
Um comentário:
Gu! Que legal que deve ter sido este show!Nunca ouvi falar dela, vou dar uma olhada!
To com saudades!Escreve!
bjs
Marilia
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