terça-feira, 4 de maio de 2010

DOWN society

Elis falou. Cantou suas músicas dando o recado. Era como se recitasse, olhando no olho da alma, e dando o recado. Maravilhosa cantora, sua goela é terapêutica. Gosto muito dela cantando Alô alô marciano, tirando sarro de si mesma, da fina hipocrisia da burguesia, de toda imbecilidade da alienação.
Vivemos num mundo preconceituoso, com infinitos muros de apartheid e castas (oficiais ou mascaradas), onde se vende a vida por dinheiro, estatus ou poder. Particularmente no Brasil, a violência urbana é cada vez mais banal, e como disse uma mãe recentemente, "meu filho não foi mais um (assassinado). Foi meu filho". Morte por carro, por dinheiro, por droga, futebol... uma lista sem fim.
Diante do absurdo da desvalorização humana, às vezes o humor escrachado, sarcástico, funciona como um antiácido para o desconforto existencial.


"ai, que transcendental que é o jazz , não?"

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