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Quero que o sol não invada o meu caixão
Para minha pobre alma não morrer de insolação
Fico contente, consolado de saber
Que as morenas tão formosas
A terra um dia há de comer
Não tenho herdeiros, não possui um só vintém
Eu vivi devendo a todos, mas não paguei ninguém
Meus inimigos que hoje falam mal de mim
Vão dizer que nunca viram uma pessoa tão boa assim
Quando eu morrer, não quero choro nem vela
Quero uma fita amarela, gravada com o nome dela
Não quero flores, nem coroa com espinho
Só quero choro de flauta, violão e cavaquinho
Noel Rosa, Fita amarela (composta em 1932)