sexta-feira, 5 de março de 2010

Música pra quê?

Conversando com uma amigo meu, ele falou assim de um disco que adoro, "esse aí é fraquinho, tu tem que ouvir os que sairam logo depois". Entendi o que ele quis dizer, mas não concordei totalmente. O disco é Transa, do Caetano.
Falávamos de percussão, e os discos que vieram logo depois desse, realmente investiram mais na percussão e na "cozinha" das músicas. Caetano entrou em contato com a música africana em meados da década de 70 e trouxe essa sonoridade para seus próximos trabalhos, como Bicho e assim por diante. Mas fiquei pensando, o que faz um bom disco?
Quem dá valor somos nós, e nós mesmos criamos as medidas para medir o valor. Um disco que tem boa percussão pode não ser assim tão bom em outros aspectos, como letras ou arranjos. Já um outro, pode ter uma ótima sonoridade voz/violão e não agradar na percussão.
Cada disco se apresenta como um recado, cheio de tons, cores e formas, que agradam por seus aspectos, individualmente, ou pelo seu todo.
Nessa onda, fica o registro do disco Brasileirinho, de Maria Bethânia, que é muito bom em sonoridade, percussão e tudo mais. Não sou muito fã dela, mas esse disco, salve salve! Pra estudar, praticar ou simplesmente ouvir.
Fica a dica!




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